jogo aviãozinho betano

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Parece nome de filme, né? Mas não é.

Sud, o tal pássaro, tem uma história longa – que obviamente tem a ver com liberdade – que renderia um post só para ele, hehehehe. Se você ficou curioso, visite o restaurante, pois ela está lindamente contada no papel colocado sobre cada mesa da casa discreta, na Rua Visconde de Carandaí, 35, coração da boa gastronomia no bairro do Jardim Botânico.

A nova casa surgiu após um longo período que a Chef Roberta Sudbrack tirou para repensar o conteúdo e a forma de nos presentear com seu dom. No lugar dos pratos super sofisticados e modernos da gastronomia que se tornaram sua marca, Roberta  entrou com seu coração e seu talento na culinária comfort food, meio que ‘de volta às origens’, e usando o forno à lenha como grande destaque.

“O Sud não é um restaurante, mas, às vezes, pode ser. É mais parecido com um café moderno, desses que a gente encontra em Berlim, Paris ou Amsterdã…”. Palavras da Chef.

Já sentimos a mudança no horário de funcionamento. A casa, que inaugurou de mansinho há aproximadamente dois meses, só abre de terça a sábado, das 12h às 21h. O cardápio é um espelho de tudo que já citei acima – e não poderia ser diferente. Aliás, ele me lembrou o tempo inteiro a minha avó :). Almoço cedo, aquele lanchinho da tarde e o jantar (sim, jantávamos quando crianças) sempre antes do Jornal Nacional.

Claro que os os produtos nacionais de pequenos produtores e a brasilidade nas combinações e confecções dos pratos reinam. Até porque essa sempre foi a proposta da chef.

Agora escolher foi quase uma saga, rs. Começamos com um Gourgéres, aqueles…. com queijo do agreste Pernambucano e uma Burrata, milho assado e linguiça artesanal.

Uma pena que a Burrata veio e o Gourgéres só chegou junto com o prato ?. Daí, já não fazia mais sentido, né?

Eu escolhi o Arroz Caipira de frutos da terra – arroz molhadinho com legumes assados preparado no forno à lenha, coisa de casa de vó. Ok, mas eu esperava mais…

E minha duplinha pediu um sanduíche de Jambon-Beurre – sanduíche de pão caseiro, manteiga e presunto Brasileiro. Gostoso!!!

As sobremesas foram:

Chapéu de Palha – camadas de brigadeiro molinho, bolo e crocante de rapadura.
Bolo Molhado de chocolate, a lenda! Com nata e calda quente.
Bomboloni – leite maltado, creme inglês de cumaru.

E, para fechar sorrindo, um café da Vó Iracema na prensa francesa. Simplesmente MARAVILHOSO!

A minha percepção é que falta azeitar o atendimento, que ainda está bem lento. Em termos de sabor, tudo ok. Nada que eu tenha garrado amor. Tirando o bomboloni ❤️

Mas há algo que acho muito valioso: com o Sud, a chef tornou sua cozinha acessível para muita gente que nunca chegou a frequentar o RS. Eu sou um exemplo. Tentei ir algumas vezes, sempre em ocasiões especiais, mas não conseguia e desisti.

Ah, já ia esquecendo de falar que o restaurante tem forte inspiração na Vó Iracema, que faleceu em janeiro. Talvez por isso eu tenha me sentido tão acolhida no Sud. E naquele ritmo de casa de vó mesmo, tudo bem sem pressão….

Só não sei se vai agradar à galera essa proposta de atendimento mais calmo. A verdade, afinal, é que muita gente já é dependente do ritmo mais alucinado de vida. Não é o meu caso mesmo…

Importante: o último cliente para jantar deve chegar às 20h em ponto. O Sud não aceita reservas. E as formas de pagamento: dinheiro, cartão de débito e crédito e cheque.

Sud, o Pássaro Verde Café
Rua Visconde de Carandaí, 35 – Jardim Botânico
(21) 3114-0464